por Ana Benedito e Marta Matias
O sal tem funções importantes no nosso organismo, mas quando usado em demasia é prejudicial para a nossa saúde, sendo maiores as desvantagens do que as vantagens do seu uso.
O excesso de sódio provoca retenção de líquidos, aumentando o volume dos mesmos a circularem no nosso organismo e aumentando a pressão sanguínea, o que, acontecendo de forma contínua, pode culminar em hipertensão arterial (HTA), que é uma doença crónica e silenciosa.
O controlo frequente da pressão arterial, recorrendo à ajuda de um profissional de saúde especializado, é fundamental e é a melhor maneira de despistar e controlar a hipertensão arterial, que é cada vez mais frequente na nossa população. Quando não é controlada, a HTA aumenta a predisposição para a ocorrência de eventos fatais como o AVC (acidente vascular cerebral) e o EAM (enfarte agudo do miocárdio).
Para além da hipertensão arterial, o excesso de sódio está também associado ao desenvolvimento de outras doenças como cancro do estômago, asma e problemas renais. Mais recentemente, descobriu-se que também está relacionado com a perda de massa óssea e com o desenvolvimento e/ou agravamento de doenças autoimunes.
Apesar das desvantagens do uso do sal, este é necessário para a regulação da água, para a contração muscular, funcionamento cerebral e para o controlo do ritmo cardíaco, sendo assim necessário o equilíbrio entre o seu consumo e o seu desuso!
O corpo humano normalmente necessita de muito pouco sal – cerca de 2,5 a 5 g por dia – quantidade que está, de um modo geral, naturalmente presente nos alimentos que consumimos. Em Portugal, em média, cada pessoa ingere cerca 2 a 3 vezes mais sal do que devia, pelo que é urgente iniciar uma redução do consumo de sal, quer consumindo menos alimentos ricos em sal, como é o caso de enlatados e comidas pré-cozinhadas, entre outros, quer diminuindo ou substituindo a adição de sal aos alimentos.
Consumir alimentos sem sal pode parecer difícil a princípio, quando as células do paladar não estão ajustadas ao sabor menos intenso, mas a utilização de substitutos do sal facilita essa adaptação, que acaba por acontecer em algumas semanas. Algumas estratégias para substituir o sal incluem a adição de ervas aromáticas como o alecrim, cebolinho, coentros, gengibre, hortelã, manjericão, orégãos, salsa e tomilho, a utilização de alimentos que conferem um sabor mais intenso aos cozinhados como o alho, limão e cebola, e/ou a utilização de sal sem sódio.
Ainda que a alimentação seja a melhor e a principal maneira de regular a ingestão de sal, há que ter igualmente em atenção os suplementos e medicamentos não sujeitos a receita médica, que podem ter um teor elevado de sódio. Um exemplo destes medicamentos são as formulações efervescentes, cuja composição consiste, entre muitas outras substâncias, num ácido e em carbonato ou bicarbonato, na maior parte dos casos de sódio. Estas substâncias são capazes de reagir rapidamente na presença de água, libertando dióxido de carbono e produzindo efervescência. Assim, é muito importante estar atento ao teor de sódio dos medicamentos e suplementos que não são prescritos pelo médico, para que não se exceda a toma diária 200 mg por dia.
Lembre-se que é melhor prevenir que remediar: controle a sua pressão arterial com regularidade e adquira desde cedo uma dieta com um teor equilibrado de sal… e viva uma vida livre de “tensões”!
publicado em Gazeta das Caldas Fevereiro 2016
Boa tarde,
Gostaria de saber se têm conhecimento de empresas que comercializem sal sem sódio.
Obrigado.
Com os melhores cumprimentos,
António Apolinário
Bom dia Sr António Apolinário, Existem algumas empresas que comercializam sal sem sódio. De momento, a que nós trabalhamos é a Angelini que comercializa o sal Bonsalt.
Junto envio link para consulta http://www.bonsalt.pt/contactos.html.
Atenciosamente,
Ana Benedito
Farmacêutica Adjunta – Farmácia Caldense
Responsável do Departamento de Marketing Correia Rosa Lda